Thursday, December 28, 2006

Wandering alone

Estou achando que fulano terminou, mais uma vez, com cicrano. Sera que eu tenho, dessa vez, alguma chance? Sera que isso dura ate eu retornar?

Wednesday, December 27, 2006

nothing changes on new year's day

enquanto me preparo para uma breve pesquisa de campo em outra cidade, aproveito a semana sem movimento no trabalho para, ao mesmo tempo, aprofundar meus interesses não-amorosos e interiorizar minha determinação de estabelecer um período de celibato espontâneo. não por causas religiosas ou revolta por qualquer motivo, mas por achar que, no momento, é minha melhor opção.
(a única, talvez?)

Wednesday, December 20, 2006

I don't belong to you, you don't belong to me

Não sei se estou preparado para assumir compromisso sério com alguém. Desde que terminei meu último namoro, ou seja, há 4 meses, eu tenho atribuído um valor enorme a minha liberdade. Quando se está namorando, não se pode ter a vida louca que estou tendo. Para os leigos, vida louca é sair, encher a cara e voltar pra casa com seu amigo dirigindo o seu carro, já que a quantidade de álcool que está no seu sangue não te permite ter os seus reflexos habituais para dirigir. Você pode sair para beber quando der na telha e não precisa dar satisfação para ninguém.

Aliás, isso é o melhor de estar solteiro: não dever satisfação da sua vida para ninguém. Quem me conhece bem sabe que eu tenho pavor a cobranças do tipo: "esteja aqui, não saia e faça o relatório do seu dia inteiro, incluindo o que você sonhou durante a noite". Esse tipo de coisa é totalmente sufocante e impede que eu leve a minha vida do jeito que eu gosto, isto é, com as minhas loucuras habituais.

Tudo se torna mais grave quando o namorado é uma pessoa totalmente à toa que, além de não deixar você se divertir, não deixa você cumprir suas obrigações. Como ele não faz nada da vida, deseja não fazer nada acompanhado por você e fica com raiva quando você diz que está atarefado. Fodam-se seu trabalho, suas reuniões ou suas provas.

Talvez eu mude de opinião mais tarde, mas namorado consegue atrapalhar completamente a nossa vida.

Monday, December 18, 2006

he doesn't look a thing like jesus

depois de mais um fim de semana de derrotas, a tendência é querer culpar a cidade, as pessoas, o carão. só que, aproveitando a mudança de idade, tenho feito mais um balanço das coisas do que caído no discurso oportunista.
o principal ponto a considerar, na busca de estabelecer de uma relação emocional - chamemos assim na falta de uma classificação melhor - de sucesso (seja ela de qualquer duração e finalidade), é o senso de auto-percepção desregulado que as bichas (a partir daqui chamadas de pessoas) têm. este é o verdadeiro problema. este senso é a causa da divisão que todo mundo faz das pessoas em dois grupos: os melhores e os piores que você.
dessa divisão vem todo o drama que vivemos e conhecemos demais: ou o cara é bom demais para você ou não merece sequer uma segunda olhada de verificação. não é só você que divide as pessoas desse jeito, todo mundo o faz. ou seja, todos também acham você melhor ou pior que os próprios. e daí vem aquele tratamento que todo mundo conhece das noites de sábado na boate: a pessoa linda que você adoraria beijar mas que sequer te percebe ou aquele cara que é "apaixonado" por você e não larga do seu pé, por mais que você se esquive das suas investidas.
outra consequência do fato é a insegurança surgida naquele instante em que você considera, por algum motivo qualquer, que o cara está mais ou menos no seu patamar idiota e que você tem chance, só que seu próprio ego mal-percebido te informa ou pressente que ele não vai te dar cabimento porque o ego DELE está - curiosamente - desvirtuado. condicionamento? atribuição do seu próprio pensamento ao outro? chame como quiser mas você conhece a situação.
então já que é tão fácil detectar os pontos falhos na comunicação entre as pessoas que têm uma mesma finalidade, qual a solução? eu não sei, apesar de ter meus próprios pontos de vista. o problema é que . o problema é que eles são viciados por minha própria percepção, tpercepção, talvez desvirtuada. ainda preciso escapar dos meus próprios mecanismos de proteção do ego e vencer minhas falhas nesse aspecto requer bastante treinamento.
mas eu sigo tentando...

Sunday, December 17, 2006

bleed from within

prova de que o mundo está realmente contra você: o cara em quem você está de olho prefere ficar com um dos responsáveis pelo parou tudo.
no dia do seu aniversário.
puta presente!

Saturday, December 16, 2006

Dawson's Creek

Fato curioso: tenho me tornado amigo de todos os meus ex-rolos, até daqueles por quem, durante muitos meses, eu nutri ódio imenso.

Wednesday, December 13, 2006

The long and winding road

Finalmente, encontrei uma pessoa interessante, que eu julgo estar solteira, em Brasília. O problema é que eu só o vi no orkut e não sei como encontrá-lo ao vivo. Pior: tenho dois amigos em comum com ele. Um deles eu mal falo e o outro é um ex-rolo que ainda demonstra certo interesse em mim. Haja paciência para iniciar um empreitada.

Monday, December 11, 2006

A arte de ser cara de pau

Ontem, às 3h da madrugada, sem nada para fazer, eu resolvo mandar um e-mail para um rolo bem antigo. Eu conheci esse rolo na minha última ida a BH, há 2 anos. Na época, tinha acabado de terminar com o meu ex, fui para BH e voltei com meu ex assim que pisei em Brasília. O problema foi que o cara de BH continuou interessado por mim e me ligava toda semana. Infelizmente, tive que cortar minha relação com ele e fiz isso da maneira mais covarde possível: passei a ignorar suas ligações e seus e-mails.

Voltando a história da noite de ontem, eu escrevi um e-mail muito cínico para ele, dizendo que vi o nome dele nos meus contatos do e-mail e que queria saber como ele estava. Hoje, recebo a resposta dele, dizendo que está ótimo e que o coração dele está feliz, sendo que eu não perguntei nada sobre a vida amorosa dele e nem sobre o coração. Mesmo assim, acabo de enviar outro e-mail, perguntando mais sobre a vida dele e pedindo desculpas, depois de 2 anos, pelo meu súbito desaparecimento.

Será que fui muito cara de pau?

Sunday, December 10, 2006

serve the ego

cheguei a um cálculo que me informou que 98,972657265% dos gays que dizem estar à procura de uma relação estão muito mais preocupados com os assuntos referentes a seu próprio ego, seus tiques nervosos e vícios sociais do que realmente abertos à negociação e/ou aproximação. sendo assim, 99,76239% dos (muito poucos) que realmente pensam menos no próprio "bem-estar" (que na verdade eu substituiria por "massagem de ego") e mais em construir uma coisa legal se sentem desincentivados.
o segredo, que eu ainda desconheço, é identificar e descartar. ou se matar, se você fizer parte do primeiro o caso ;)

God Put a Smile Upon My Face

Pior do que ter um monte de amigos namorando é ter amigos solteiros que não atendem o telefone.

Saturday, December 9, 2006

de mal a pior

uma forma sutil de perceber o quanto as coisas não estão bem é quando você torce por, mais do que uma win situation, uma no-lose situation.
deprimente.

Thursday, December 7, 2006

Get Me Away From Here, I'm Dying

De um tempo pra cá, tenho achado que Brasília se tornou pequena demais para mim. Minhas opções parecem ter se esgotado completamente. Ninguém viável tem me chamado a atenção, cansei das figurinhas repetidas e as novas são totalmente desinteressantes. A única coisa que me faz ter algum tipo de relacionamento com essas pessoas novas é o álcool. Ele me faz perder totalmente o meu senso crítico, ao ponto de eu me arrepender, no dia seguinte, de tudo o que fiz.

O problema das figurinhas repetidas é que eu já desisti de ter algo sério com todas elas. Sempre surge algum obstáculo, que, na maioria das vezes, não vem de mim. Os principais obstáculos com os quais eu me deparo são: (i) o cara é totalmente galinha, não quer nada sério e faz questão de deixar isso bem explícito para você; (ii) o cara é ótimo, bonito, bonzinho, quer algo sério, mas é meio ignorante e faz brincadeiras que somente adolescentes de 12 ou 13 anos fazem; e (iii) o cara é razoável, não é muito bonito, fica atrás de mim, mas, na época em que eu mais queria algo sério e estava mais empolgado, ele simplesmente começou a me ignorar. O pior é que é somente esse tipo de figura que cruza meu caminho freqüentemente, em Brasília.

Meu lugar não é mais aqui.

it's oh so quiet

é triste ver como minha vida sentimental está vazia. as maiores emoções que vivo neste sentido são causadas por caras que me olham duas vezes, quando eu saio, e eu já acho que estão me paquerando, as ligações do meu ex-namorado (por motivos nem um pouco românticos), minhas conversas com minha terapeuta e o papo no msn com meu último ficante.
só me interesso pessoas que nem percebem minha existência e os poucos que se interessam por mim ou são galinhas inveterados ou não me despertam interesse algum.
deprimente.

Tuesday, December 5, 2006

Cartas de Separação

Querido Tom,

Estou escrevendo essa carta para dizer algumas palavras significativas para mim e para você. Algumas dessas palavras conterão o germe da revolução do nosso relacionamento, acentuando a tendência declinante dele.

Tudo começou com o meu curso de sociologia. Eu tive meu primeiro contato com Marx e com suas idéias maravilhosas. Aprofundando meu estudo do Capital, eu percebi o quão fútil eu era em me preocupar com a minha vida emotiva. Existe tanta coisa importante para ser implementada. Eu descobri que a mudança do modo de produção depende do meu intelecto. Eu, sendo um profundo conhecedor das contradições internas do capitalismo e das exarcebadas desigualdades que ele gera entre as pessoas, tenho meu dever como pessoa humana de lutar contra isso. Como você demanda muito tempo e muito dinheiro (e não há nada mais capitalista que dinheiro), eu preciso abdicar das minhas relações sociais com a sua pessoa.

Além do que, como eu já falei, a preocupação com a vida emotiva não levará nossa sociedade a lugar algum. Eu tenho que ser o primeiro em abrir mão disso. Se você quiser ser meu companheiro de luta, pode-se juntar a mim. Quanto mais pessoas nessa batalha contra o capitalismo, melhor. Mas, saiba que seremos apenas companheiros de luta, nada mais que isso. Não posso me desconcentrar do meu dever.

Digo, então, "adeus" ao nosso namoro, e inicio minha empreitada contra esse modo de produção cruel, que despersonaliza as pessoas e as torna meras mercadorias.

Um beijo vermelho pra você!

Lenin

P.S.1: Pode ficar com meu disco do Pixinguinha, sim, porque ele é apenas uma mercadoria, um fruto do capitalismo.

P.S.2: Meu nome deixou de ser George, porque George é um nome capitalista e é o nome do presidente da maior nação imperialista. Só atendo agora por Lenin.

Monday, December 4, 2006

No alarms and no surprises

Um dos fenômenos sociais que eu simplesmente não consigo entender, e muito menos explicar, é o fato de pessoas namorarem e demonstrarem, de forma explícita, para qualquer um que não estão satisfeitas com o namoro. Todo mundo acaba sabendo que o relacionamento dessas pessoas não vai bem, exceto o namorado dessas pessoas. O que estou chamando de demonstração explícita é fazer perfil em sites de pegação com fotos do próprio corpo ou rosto.

Tudo isso se torna mais grave quando o namoro é de mais de 3 anos.

Então eu me pergunto: por que não termina tudo, volta a ser solteiro e deixa o seu significant other livre para encontrar alguém que realmente o respeite? Tudo isso é medo de ficar sozinho? Meu conselho para uma pessoa assim é: melhor ficar sozinho do que com a consciência pesando e com o medo do namorado descobrir o que você tem aprontado. Termina logo de uma vez e se joga.

É nessas horas que eu penso: melhor ficar só do que ter um namorado desse tipo.

i'd rather be lucky than good

apesar de bastante superestimado, o último filme de Woody Allen, Match Point, tem uma premissa bem real: as pessoas não param pra pensar em como tudo que fazemos depende da sorte, talvez porque ficariam com medo. muita gente prefere atribuir a intervenção da sorte a entidades sobrenaturais ou divinas e até achar que a atrai. que inocência.
lembrei disto ontem quando fui jantar e vi um figurinha interessante e colunável da cidade à mesa com um menino bem afetado, claramente um encontro de internet. talvez pela obviedade da situação, ele estava bastante sem jeito.
eu não dou uma sorte destas, talvez porque nem tente. e, caso viesse a dar, ele provavelmente não iria ficar menos sem jeito.

Sunday, December 3, 2006

waking the witch

pior coisa: sair numa noite em que tudo parece estar dando errado, com excesso de gente (incluindo ex-namorados), atrasos e calor, encontrar uma pessoa que parece ser interessante para aparentemente salvar a noite, trocar olhares e sorrisos, bancar o stalker no orkut e todo o resto, apenas para, no dia seguinte, descobrir o histórico do figura.
a ressaca veio atrasada, dessa vez.

Bad, Really Bad Night

Você sabe que a noite está ruim quando:

1) Logo que você abre a porta do seu carro dá de cara com um antigo rolo seu, que também acaba de sair de um carro. O pior é que esse antigo rolo raramente sai de casa.

2) Fica mais de 20 minutos na fila para entrar no lugar, tendo que escutar um conhecido falar besteiras e te fazer, insistentemente, perguntas indiscretas sobre a noite anterior.

3) Encontra um segundo antigo rolo e ele fica pegando na sua bunda e perguntando se você ainda tem o telefone dele.

4) Encontra um terceiro antigo rolo e se sente bem, porque você não bebeu. Se você tivesse bebido, provavelmente estaria atrás dele.

5) A fila para comprar bebida está grande demais, para que você possa se embriagar e abstrair tudo isso.

Friday, December 1, 2006

supernova

o primeiro post de um blog tem que defini-lo ou pelomenos dar o tom que ele vai ter. acho mais fácil tentar resumir do que ficar imaginando uma síntese do que espero que apareça aqui.
a idéia é descrever as experiências e curiosidades da vida de gay solteiro à procura de um namorado. claro que blogs deste tipo existem aos montes, só que todos disfarçados de "meu querido diário". dessa forma, sejamos objetivos, excluindo a maquiagem e oferecendo o conteúdo inalterado.
a idéia é fruto do diálogo com os amigos que estão na mesma situação e com os que passaram para o outro lado (ou seja, conseguiram namorados), bem como de reflexão pós-relacionamento/"ficada", seja minha, seja dos amigos citados.
bem-vindos.